sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Viver é sempre mais
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Ela, lado oposto de espelho quebrado
sábado, 5 de novembro de 2011
No labirinto desse pesado viver de todos nós
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Por favor, alguém me traga um pouco de silêncio sem gelo
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Pensamentos submarinos
sábado, 1 de outubro de 2011
Nada pode mudar o que sinto
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Nem tente olhar pra trás
sábado, 10 de setembro de 2011
Tenho um copo 1/2 vazio por dentro
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
O que é o contrário do amor?
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Seja um passaro
Tem dias que minha paciência não tem tempo pra mim. Espalha com raiva as peças corroídas e desgovernadas de cada pensamento em torno do jardim. Perdi o rumo das coisas que pensei que possuía. Acordei de um sonho dentro de outro sonho e percebi que nada mais eu tinha. Levantei e tudo parecia longe demais. O que via não existia, apenas coexistia ao reflexo da ilusão que criei de minha própria paz. Devo contar que ontem à noite eu deitei sobre meus versos apáticos de silêncio. Sufocando pela última vez aquele vazio que persiste em meu peito. Aflita, decidi que não queria mais ser o sem rumo de mim. Abri as janelas de meus olhos e deixei toda imensidão de sombras dali fugir. Apaguei os gritos de agonia atirados nas cortinas, abraçando com calma meus vestígios de sorriso oculto no fundo da retina. E, de repente, delírios contidos começaram a entrar por debaixo da porta. Eu sabia que por mais que não enxergasse, ainda não era a hora. Eu tinha que respirar por mais que minhas forças não aceitassem o ar. Eu tinha que voar mesmo que minhas asas não saíssem do lugar. Era o medo, eu sentia. O medo que havia escurecido meus devaneios em tanto tempo tentando lutar contra o aquilo que eu já sabia. Fingia desconhecer e não reconhecer o óbvio que suplicando, me seguia. De manhã, pequenos raios de sol penetraram pelas falhas das paredes da minha alma e o vento soprou sem direção, dançando no meio das nuvens. Eu estava livre. Abri os braços me sentindo como nunca estive. Eu não era apenas a prisioneira de mim. Eu era livre..
sexta-feira, 8 de julho de 2011
''Há tempos...
domingo, 29 de maio de 2011
Queria dizer
Queria dizer que o tempo não passou e que as coisas não mudaram. Ah, as coisas, sempre mudando de forma como as pedras que enxergo pela janela enquanto o ônibus vai varrendo a estrada de tantas águas deixadas pra trás. Gostaria de recorrer a alguma fuga, pensar nas árvores, talvez. Mas as árvores foram tantas que estiveram no nosso caminho durante aquele tempo que nos pertencia e você hoje tenta negar e eu simplificar para não doer além do que já se perdeu em lágrimas tantas madrugadas passadas. Discordar seria um erro tão grave quanto tentar, de novo, em vão te dizer o que sinto. Mas saiba que não estou partindo, é apenas uma viagem de alguns dias para me distanciar dos tantos problemas que me atingem em balas disparadas sem ressaltos. São cicatrizes minhas que se lembram de existir em dias úmidos. Elas estão doendo agora. Havia me surpreendido com tamanhas ilusões que criei, mas o tempo passa, assim, sagaz e letal. Eu queria dizer que o amor basta, mas não me sinto mais tão jovem pra usar algo tão ingênuo na defesa de nós. Não vou dizer, não se preocupe. Lamento o incômodo que causei por medo. Temia o desconhecido como Alice temia adentrar as portas de seu mundo de fantasia. Temia trocar o asfalto por areias de sal e a correnteza me fazer cair. Mas percebi que não poderia cair, seria impossível, pois, na verdade, nunca levantei desde que nos afastamos. Talvez tenha sido o medo que tenha me levado a me agarrar em certezas irreais e ilusões da mesma maneira que me iludi agora. Quando ouvi de novo tua voz e olhei teus olhos em mim, nada importava mais. Nada mais fazia diferença nenhuma. Tudo seria como antes, sem jamais ter mudado. Ilusão, você dirá, eu sei. Foram os sonhos. Aqueles depois da insônia. Apenas sonhos.. Queria dizer, mas não irei. Eu não irei..
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Vestígios de Chamas
quinta-feira, 3 de março de 2011
Mar
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Das chamas às cinzas
Penso nos detalhes infinitos do teu corpo percorrendo leves em dança fúnebre meus segredos e pensamentos abafados. Uma madrugada úmida, onde o ar sufoca todos os versos dentro de meu silêncio e a leveza se torna o caos dentro do escuro desse quarto vazio. Tire minhas sombras de perto de mim. Levante minha essência até o alto dessas fantasias abstratas. Preciso de luz. Eu quero o calor do fogo dos teus olhos deslizando pela minha pele. Procurando algum intervalo solto do meu tempo para nele se atirar livre, mergulhando profundo em meus tormentos noturnos, gelados. Grite meu nome, pois as palavras estão todas quebradas em letras caindo como gotas de lágrimas doloridas no telhado. Ao teu ouvido, em sussurros pausados, irei confessar alguns pesadelos que moram aqui. Sou metade gelo e tão logo estarei a um milhão de quilômetros de todos, perdida na margem dos universos, pois eles estão sentados na sala, esperando me levar pelos braços para o inferno das melodias mortas. A outra metade de mim queima lentamente na tua cama, mas assim como chamas iluminando tua face, tocando teus cabelos com pressa, destruindo tuas roupas, serei apenas cinzas pela manhã. E nada mais importa. Ao abrir suas pálpebras, já não estarei, já não serei, já não haverá mais nada além de um sonho qualquer..
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
O vestido
Então, senhorita, vista aquele vestido da cor dos sonhos. Encubra seu rosto em puro mistério. Talvez, pense em algum salto alto, mas o abismo ainda está tão distante e sei que voltará para casa tocando os pés descobertos na terra úmida daquela última névoa do esquecimento. Escolha uma das inúmeras faces que guardo dentro do meu pensamento e são tuas e são muitas. Qual sorriso teu iluminará a noite repleta de memórias vazias e escuridão? Minha tarde estava cinza e eu deitei na grama, à beira da monotonia, sem nada a oferecer, nada a esperar. Logo, não haverá problema se eu estender minha mão até a tua e solidificar tua imagem em mim. Estou com a sede do mundo e todas as doses de café que já tomei durante a madrugada, e as tantas xícaras perdidas pela casa, ainda não me bastam. Estou tentando pacientemente pescar detalhes da fragilidade da tua sombra, mas em vão. Tudo é líquido. Tudo é volátil. Tudo é passageiro. O tudo hoje, amanhã será nada. Sentimentos não são relatos e laços não são contratos. Por isso, vamos embriagar nossas almas de conversas fáceis e confissões insignificantes, leves. Deixe a profundidade para quando abrir seus olhos na próxima manhã solitária. Teu vestido está além das cores indecifráveis, assim como meus olhos estão além da ausência de foco. Sorrir por algumas horas não irá nos privar do peso do choro contido. Nem mesmo nos prenderá, pois as grades são largas demais e ainda seremos livres..