quarta-feira, 6 de abril de 2011

Vestígios de Chamas

E um sorriso como um tiro me tirou daqui. E os seus segredos sujos vêem me assombrar. Minha calma está queimando ali no jardim. Você nem teve tempo de me libertar. Faz horas que sentei na frente do portão. Vigio cada passo que até pensa em dar. Talvez tua cura esteja na minha prisão. Aviso é melhor nem crer em escapar. - E quando você for me ouvir. Não julgue o meu mundo em chamas. Eu faço parte de um vulcão. Suas garras não me prendem agora. ...Teu riso só consome em mim as chamas dessa raiva.. Teu grito é melodia que não quero ouvir. Tua boca é mentira que não posso ter. Sangrando as memórias de meu quase fim. Minhas noites são insanas, nem queira saber. Joguei meu corpo dentro de agonia e dor. Em cada dose amarga de pura ilusão. Acordo todo dia e nem sei quem sou. Não vale mais minha alma nessa solidão. Mergulho no teu som. Te torno um pesadelo. Procuro redenção em meus próprios devaneios. Me afogo em teu olhar. Desafio meu controle. Espero a noite acabar e no escuro te chamo...