sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Céu azul..

Lembrei de estar em um dia qualquer, há muito tempo atrás, sentada no tronco de uma árvore analisando meu futuro, o qual parecia distante demais para ser tocado. Lembro de desejar me aprofundar nas entranhas deste planeta tão grande, sem imaginar a real imensidão do mesmo. Imaginava estar em outro lugar, vários lugares, tantos quantos minha mente fosse capaz de registrar e meus olhos admirar. Olhava em volta e via aquele imenso campo verde em contraste com um céu azul vivo e tantas nuvens em formatos distintos, via que a vida não poderia ser assim tão ruim, bastava um pouco de dinheiro e comida e estava perfeito. Algum tempo pra cá, percebo que o dinheiro nunca é o bastante, a comida sempre acaba, a correria do dia e as responsabilidades que vamos colhendo durante o percurso da vida não me permite desbravar o mundo e vão nos cercando como barras de ferro até o momento em que o céu azul e suas nuvens não façam mais parte de um mundo perfeito que nem mais existe..

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Nada!!

Pensar que acordar será a emoção mais forte que o dia irá proporcionar é totalmente desconsertante. Chegar em um momento da vida em que nada mais é esperado, nem surpreendente. Claro que se quer mudar completamente e viver algo mágico e inovador. Se quer viajar e explorar cada canto do mundo por que a vida é só uma e tem que ser aproveitada ao máximo, mas como se isso fosse realmente acontecer. Como se não fossemos levantar e alimentar a porcaria da rotina do mesmo jeito de sempre e depois de pensar tudo isso, esvaziar a mente em um sono profundo que aguarda o próximo dia com a sensação da grande surpresa que não é mais surpresa: o grande e magnífico nada. Pra que se enganar tanto a ponto de sentar e se comover com a realidade alheia, sendo a nossa própria uma verdadeira tragédia dentro de nosso drama se fim?! O maior desperdício do mundo é justificar a nossa própria felicidade, mesmo tendo a consciência de não saber se ela realmente existe. Mas cada uma sabe do seu mundo e de seu drama. No fim, seremos resumidos a pó e nada mais...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Shadows of my heart

''Maybe you can't remember, something you'd never forget. Something you needed to know, is something i'll always regret. Now i stand here broken, the love i wanted you never held to. No no.. you brought me down to my knees. And i went through hell for you...through hell for you. With these tears i cry. Lord knows i tried. Now how can i let go. When you dwell in the shadows of my heart''
A vida é um suspiro gelado do vento no meio da noite profunda de insônia. A vida passa e nos leva de uma forma que pedaços ficam para trás. Aos segundos passando, nossos sonhos caíndo e nossos planos voando. Ao fim, nada nos será dado, nada nos será oferecido, nada nos será preciso. Não levaremos nada daqui e nada nos fará falta. A dor será carregada por alguém que nos ame e nada mais. Nosso coração se despedaçando em cada perda, penso se no final, restará algo?! Em meio das lágrimas, da dor, da angústia sem fim da perda, assisto o nascimento de um pequeno foco de esperança nas profundezas da alma. Dizendo para levantar e seguir adiante.. Descubro um sorriso em meio a tristeza.
*Dedicado à meu avô Paulo Afonso S. Rodrigues, falecido dia 31/01/2010