Sei de coisas
que desejaria não saber. Não sei qual a coisa certa ou não acho que seja certa.
Tudo tem parecido tão errado ultimamente. Sem você. Essa metade de mim não
distingue ainda o que é certo e o que é errado. Eu sinto tanto e tanto parece
tão pouco agora diante de você. Não sei descrever exatamente o que sinto porque
nunca alcanço a verdadeira descrição. Tudo fica tão simplificado que chega a
ser deprimente. Não tenho parecido tão deprimida assim, eu acho. Sempre fui
muito séria e isso até você reclamava. Relaxa, não dá pra resolver as coisas
assim tão tensa. Finjo que não estou tensa e bebo. Eu não sei beber pouco,
pensar pouco, sonhar pouco. Não sei ser pouco e não sei se o que sou é muito ou
nada. Olha, passei tanto tempo pensando em você, em nós, em mim. Existe uma
hora em que todas as lamentações, mágoas, rancor vão ficando pra trás e o sol
vai nascendo bem devagar no horizonte. É possível começar a enxergar as coisas
que ainda estão por toda volta, pelo chão, pelas paredes, por todos os lugares.
Tua sombra começa a me aquecer e não mais causar tanto frio dentro de mim. Eu
só não queria que fosse assim, mas assim foi que aconteceu. Hoje, deitada ainda na cama, lembrei
de vezes que você literalmente me ferrou, me fazendo acreditar que a culpa era
minha e que o problema era eu. Sendo que você nunca fez muito esforço pra ser
alguém melhor e não digo alguém melhor pra mim e, sim, pra você mesmo. Se a
gente terminasse, eu já sabia exatamente quais seriam seus passos e veja bem,
mesmo sem qualquer informação sobre você, eu ainda sei. Eu te conheço de cima a
baixo, eu sei o que você pensa e sonha e deseja. Eu sou muito mais do que
qualquer pessoa poderia imaginar em ser por você. E eu sei que sempre vai saber
disso e não importa muito que finja que me odeia, me ignore, me despreze. Faça
como você achar melhor, mas quem te amou mesmo fui eu.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
terça-feira, 7 de agosto de 2012
O mundo é mesmo um lugar cruel
Tantas vezes nós mudamos
de planos e mudamos o rumo. Nossas tentativas de descomplicar os dias e consertar as noites. Tantas vezes eu parei e você continuou andando.
Eu pensava em quando é que sentiria minha falta. Eu estive por tanto tempo caminhando
em seus passos que não sinto mais meus pés tocando o chão. Me perco na tempestade dentro de mim. Eu estive perdendo o
controle no meio do deserto da desesperança, sufocando na poeira dos nossos fracassos. Você notou
meus pesadelos entre as madrugadas do outro lado da cama ou fingiu que eu não
estava ali? Eu deitava no teu ombro e o planeta a nossa volta se apagava na
imensidão do universo. Meus gritos silenciavam e meus olhos te procuravam meio
apagados. O mundo é mesmo um lugar cruel pra nós. Acordo na cama vazia. Não
consigo ser como você é. Não consegui ser como você queria que eu fosse. Não
tenho certeza se algum dia eu fui o
bastante pra nós. Todos aqueles passos que arrisquei me trouxeram pra beira desse abismo, mas não irei me atirar do telhado essa noite. Você já
queimou tudo o que sentia sobre mim ou ainda se perde em lembranças distantes?
Mesmo afundando no mar do esquecimento, ainda enxergo teu rosto na superfície
cada vez mais longe do meu alcance. Você dizia que sabia o que era o amor, eu
dizia que te amava. Algum dia, o tempo nos levará para algum lugar onde tudo faça sentido, porque
agora estou tão perdida. Só não esqueça que ainda restam as cinzas e deixe meu coração em cima da mesa antes de sair quando a gente se encontrar, porque eu entreguei nas tuas mãos e agora estou vazia.
Assinar:
Postagens (Atom)