sexta-feira, 18 de junho de 2010

Fora do Eixo

Minha boca se perde em teus lábios.

Em cores, sons, luzes, idéias.

Minhas mãos procuravam pela tua pele.

Em uma cama vazia, fria, estranha.

Seus passos ecoam e se afastam.

De meu mundo complexo de pensamentos.

Permita o sol tocar seu corpo durante esta manhã.

Permita seus olhos enxergarem os vestígios de tempestade.

E o que restou de teus pesadelos tornou-se ilusão.

E o que era dor, a chuva já arrastou para o horizonte.

Estou de pé diante de um mundo que esteve em minhas mãos.

Recolhendo os pedaços que restaram de mim.

Não me exija frases de compreensão.

Minha razão estava fora do eixo.

Andei em outras estradas. Saí para manutenção...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Segredos em ponteiros..

Os ponteiros ecoam na minha mente.
Não sei o que importa pra você, agora.
Há quanto tempo você esconde o que sente?
Não te disseram que os fantasmas já foram embora.
Estou sonhando por horas sem fechar os olhos.
Tento afastar o vazio da minha escuridão.
Quais são as vozes sussurrando em seus sonhos?
Assisti seus olhos arderem por mim na multidão.
Talvez eu esteja aqui, esperando por você.
No silêncio que assusta as palavras.
Embaixo da chuva fina da madrugada.
Escolhendo frases que possam te prender.
Apenas mais alguns segundos de seu tempo.
Entenda, estive sem rumo, vivendo em pesadelos.
E não havia nada de belo. Larguei essas memórias ao vento.
Te carreguei para dentro de meus pensamentos.
Só não decida partir. Agora ainda é cedo.
Deite comigo e veja o sol nascer, de novo.
Teu sorriso me pareceu tão sincero.
Vamos inventar um mundo de sonhos soltos.
Vamos esquecer as horas em algum beco perdido.
Então, posso olhar seus olhos. Tocar o seu rosto.
Pegar sua mão e te levar pra longe daqui, comigo.
Talvez eu esteja aqui, esperando por você.
Talvez eu não seja o que você quer. Não tenha planos.
Mas acho que posso te fazer sorrir ao amanhecer.
Construir sobre ruínas. Apagar velhos danos...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Citação..

’Amar é como uma droga. No começo vem a sensação de euforia, de total entrega. Depois, no dia seguinte, você quer mais. Ainda não se viciou, mas gostou da sensação, e acha que pode mantê-la sob controle. Pensa na pessoa amada por dois minutos e esquece por três horas.
Mas, aos poucos, você se acostuma com aquela pessoa, e passa a depender completamente dela. Então pensa por três horas e esquece por dois minutos. Se ela não está perto, você experimenta as mesmas sensações que os viciados têm quando não conseguem a droga. Neste momento, assim como os viciados roubam e se humilham para conseguir o que precisam, você está disposto a fazer qualquer coisa pelo amor.’’

(COELHO, Paulo. 1994.p.80)